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"A competição entre escolas públicas, em busca de números de alunos, brutaliza a educação, os educadores e sobretudo o coração dos diretores"
Na
Roma Antiga, a luta entre gladiadores era diversão para a realeza, nobreza e
para a plebe. Lutavam até que um sucumbisse perante a negra morte.
Na pós-modernidade, os diretores das escolas públicas, conheço de perto a realidade das estaduais, são levados a lutarem um contra o outro atrás de alunos para a escola, uma vez que a escola recebe por aluno.
A
princípio é justo que a escola receba verba de seu mantenedor, que é o Estado,
de acordo com o número de aluno que atende. Alguns acréscimos poderiam ser
feitos, por exemplo, um complemento pelo número de aluno com necessidades
especiais, em situação de pobreza ou quem sabe,com alunos delinqüentes, pois
esses requerem no seu processo educativo, mais atenção e educadores melhores
preparados para viverem essas realidades.
Mas
essa busca por alunos, tem levado a diretores difamarem as demais instituições
e seduzido alunos a qualquer custo para seu estabelecimento. É uma competição
feroz, sem sentido.
Os
reis, nesse caso, o governo, gostam disso. Assiste como os antigos reis romanos
assistiam os gladiadores. Batem palmas para os vencedores e humilham os
perdedores. A nobreza, dono de escolas públicas, agradece o definhamento do
ensino público e recolhe em seus estabelecimentos particulares, aqueles que
podem pagar.
A
plebe, que vive da política pão e circo dos governos neoliberais, como o atual
governo de Minas Gerais, ganham pois
passam a chantagear as intituições dizem: “Se meu filho não passar aqui,
vai para outra escola.”, Se for tal professor em tal turma, mudo de escola.
Todos
nós queremos educação de qualidade para nossos filhos. Sabemos que a escola
pública é a única a que os filhos da classe trabalhadora têm acesso. Ela é um
meio de emancipação econômica , cultural e social dos trabalhadores. E se a
escola tem compromisso de educar para a vida e para a vivência da cidadania,
ela também promove a emancipação política.
O
que não está legal é essa concorrência, que se estabeleceu no sistema
neoliberal do Governo Aécio/Anastasia aqui
em Minas Gerais e nos demais estados governados pelo PSDB/ DEM, a “encapitalização”
da Educação. Educação não é uma mera prestação de serviço. Educação é
essencial.
Que
cada diretor administre a sua instituição com o máximo de competência, e faça
com que a escola cumpra seu papel social. Que o crescimento de sua escola não
seja sobre o enfraquecimento das demais, e que todos saibam, que nós,
trabalhadores da educação, pais e alunos, somos vítimas desse neoliberalismo
imposto pela manobra equivocada da pseudo-esquerda mineira.
Diretor
é diretor. Gladiador é gladiador. Quando diretores se degladeiam, governos
neoliberais sorriem, a nobreza agradece e a plebe alienada tenta pegar as
migalhas. A educação de fato não acontece e nós trabalhadores da educação,
passamos a trabalhar sob uma pressão que sufoca, desgasta, mata. É o total
embrutecimento da educação.
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