segunda-feira, 29 de abril de 2013

A BASE EM OUTROS PAÍSES


Posto essa reportagem que encontrei no grupo do facebook EDUCADORES como reflexão.
Terça, 19 de dezembro de 2006, 11h31  Atualizada às 15h12
Veja como é o ensino básico em outros países

Moreno Cruz Osório

Com as mudanças no currículo e a inclusão de mais um ano no Ensino Fundamental, o Brasil começa a se equiparar a alguns países desenvolvidos em relação à estrutura escolar básica. Nesses lugares, em média, o ensino obrigatório nos colégios tem uma média de 12 anos de duração.

As exceções são Itália e Argentina. Os italianos e os argentinos ficam, respectivamente, 13 e 9 anos na escola. No entanto, os nossos vizinhos ainda podem cursar um nível extra não obrigatório pela lei, mas essencial para entrar nas universidades.

Em relação ao currículo, nota-se que o modelo brasileiro é extenso, com etapas mais longas que os demais países. Na média, os estudantes de outras nacionalidades cursam ciclos com menos anos de duração e mais fechados dentro de uma proposta pedagógica. Confira abaixo o panorama da educação obrigatória em alguns países:

Argentina
Na Argentina, a educação obrigatória, a chamada Educación General Básica (EGB), é dividida em três ciclos de três anos cada. O primário é compreendido pelos dois primeiros ciclos da EGB, mas, às vezes, pode ter mais um ou dois anos. Finalizando os três ciclos, o estudante pode optar por Polimodal, uma etapa em que são oferecidas diferentes orientações. Apesar de não ser obrigatório, o Polimodal é requerido para entrar nas universidades do País.

Austrália
Na Austrália, a estrutura escolar depende muito de cada Estado ou região. Há lugares do país em que a pré-escola faz parte do primário, mas esta não é a regra. O normal é que as crianças, um ano antes da 1ª série, cursem o "pré-primário", onde é feita uma ambientação à rotina escolar. Aos 12 anos, elas entram no secundário, que também é chamado de High School, onde permanecem por seis anos.

Estados Unidos
Com um sistema parecido com o francês, os americanos dividem o sistema escolar em duas fases, primário e secundário, sendo que este último também tem duas etapas. Aos seis anos, os alunos entram no Ensino Fundamental, a Elementary School. Esta fase, em que há apenas um professor (às vezes dois) por turma, se estende por cinco anos. Aos 11, começa a Middle School, quando começa a divisão clara de disciplinas. Por fim, dos 14 aos 18, os estudantes cursam o High School, onde há aulas eletivas preparatórias para determinados campos de atuação profissional.

França
Na França, o processo de alfabetização é iniciado antes do ensino primário. No último ano do jardim de infância, chamado de maternelle, as crianças já são introduzidas à leitura. Quando entram no Enseignement Primaire, equivalente ao Ensino Fundamental brasileiro, aos 6 anos, elas aprendem a escrever e aperfeiçoar a leitura durante o cours préparatoire. Aos 15, iniciam o secundário, que é divido em collège, com duração de quatro anos, e o lycée, que tem três anos. E já no final do lycée, os franceses começam a se preparar para uma profissão, no chamado Baccalauréat.

Itália
Na Itália, o ensino básico é dividido em duas etapas: Scuola elementare e Scuole Medie. A primeira fase é equivalente ao nosso Ensino Fundamental, mas tem uma duração menor, cinco anos. Ao final, o estudante inicia na Scuole Medie, que também é dividida em duas etapas, Medie Inferiori e Medie Superiori. Elas têm duração de três e cinco anos, respectivamente. Ao final de cada um dos Medie, o aluno faz uma avaliação. Diferentemente da maioria dos demais países, o italiano tem, normalmente, 13 anos de escolaridade. Hoje, o Brasil tem 11. Com a inclusão de mais um ano no Ensino Fundamental, passará a ter 12.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

O EMPOBRECIMENTO DE UMA CATEGORIA

SEXTA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2013, 15:35 HS

Desisti de ser professor do Estado

Hoje tive o dia mais triste como professor. Não estou me referindo a nenhuma indisciplina ou necessariamente a baixo rendimento escolar de meus alunos. SOLICITEI A MINHA DISPENSA NA REDE PÚBLICA ESTADUAL DE MINAS GERAIS e fui surpreendido pelos meus alunos.

Como sou muito exigente, muitas vezes coloco fardos pesados sobre meus alunos. Acreditava que a minha saída na transição dos bimestres seria encarada apenas como mais uma das tantas mudanças corriqueiras que ocorrem na Escola.
Estava enganado. Fui surpreendido pelo choro mais desolador que já vi em toda a minha vida. Minha maior tristeza foi pensar que eu poderia ser responsável por esse choro. Jamais pensei que meus ALUNOS DA REDE PÚBLICA ESTADUAL DE MINAS GERAIS fossem chorar por minha saída.
Preocupado com o que eu diria para eles como motivo, preferi a verdade. ESTOU SAINDO PORQUE NÃO CONSIGO ME SUSTENTAR NA REDE PÚBLICA ESTADUAL DE MINAS GERAIS. Como são crianças, muitas não entenderam o que eu queria dizer e me responderam novamente com o choro mais desolador que já vi ou causei em toda a minha vida. “PROFESSOR NÃO NOS ABANDONE”!
A criança não entende a opção que nós professores fazemos quando abandonamos a sala de aula. Uma de minhas alunas gritou: “Vou me mudar para a escola onde o senhor vai continuar como professor”.
Nessa hora engasguei o choro e me perguntei como poderia ser isso? Se a maioria de nós no Brasil e na REDE PÚBLICA ESTADUAL DE MINAS GERAIS não dispomos de recursos para bancar o ensino privado. Algumas crianças se puseram na porta e tentavam impedir minha saída, sem palavras e assustado com o choro e o pedido de que não as “abandonasse”, restou-me recolher na solidão de meu objetivo racional e deixar a sala com crianças chorosas como nunca vi a se despedirem com o olhar que jamais esquecerei, do professor que NÃO CONSEGUIU SE SUSTENTAR NA REDE PÚBLICA ESTADUAL DE MINAS GERAIS.
Eu poderia recolher-me na vaidade, em pensar que sou um bom professor e que vou conseguir o melhor para mim. Entretanto, sei que hoje a exemplo do que ocorreu comigo, DEZENAS DE OUTROS PROFESSORES DEIXARAM A REDE PÚBLICA ESTADUAL DE MINAS GERAIS POR NÃO CONSEGUIREM SE SUSTENTAR, ASSIM COMO TAMBÉM DEZENAS DE CRIANÇAS CHORARAM AO SE DESPEDIREM DE SEUS PROFESSORES.
Resta-me na revolta implorar a todos os mineiros e brasileiros que lerem essa carta. PELO AMOR DE DEUS! NÃO ACREDITEM NA EDUCAÇÃO FAZ DE CONTA DO GOVERNO DE MINAS GERAIS. O ESTADO FAZ DE CONTA QUE REMUNERA SEUS PROFESSORES, PROFESSORES INFELIZMENTE FAZEM DE CONTA QUE ENSINAM, ALUNOS FAZEM DE CONTA QUE APRENDEM E ATORES GLOBAIS FAZEM DE CONTA QUE FALAM DA MELHOR EDUCAÇÃO DO PAÍS. O episódio dessa carta ocorreu NO DIA 18 DE ABRIL DE 2013 NA ESCOLA ESTADUAL BARÃO DO RIO BRANCO EM BELO HORIZONTE. Infelizmente ocorreu também em dezenas de Escolas do Estado de Minas Gerais.
ENQUANTO O GOVERNO DE MINAS PAGA MILHARES DE REIAIS A ATORES GLOBAIS PARA MENTIREM SOBRE A EDUCAÇÃO NO HORÁRIO NOBRE, NOSSAS CRIANÇAS CHORAM OS SEUS PROFESSORES QUE ESTÃO SAINDO PORQUE NÃO CONSEGUEM MAIS SE SUSTENTAR NO ESTADO.
Prof. Juvenal Lima Gomes
EX-PROFESSOR DA REDE PÚBLICA ESTADUAL DE MINAS GERAIS

sábado, 6 de abril de 2013

A 9394/96 ESTÁ SUPERADA?

Parece que a União quer avançar para além da LDB. A ampliação do que se entende por educação básica nós leva a esse questionamento. veja a reportagem do jornal O TEMPO:
Brasília. O governo federal publicou, no "Diário Oficial da União" de ontem, uma nova lei que obriga pais ou responsáveis a matricular crianças de 4 anos na pré-escola. O texto altera a Lei de Diretrizes e Bases de 1996, que estabelecia a idade mínima obrigatória para o ingresso na escola como seis anos. 

Segundo o Ministério da Educação (MEC), a publicação adequa a lei a uma emenda constitucional de 2009, que já determinava "educação básica obrigatória e gratuita dos quatro aos 17 anos". A emenda também já dava às redes estaduais e municipais de educação um prazo até 2016 para se adequar e oferecer vagas para atender essa faixa etária.

Para o educador e presidente do Instituto Alfa e Beto, João Batista Araújo e Oliveira, não faz sentido que pais sejam obrigados a matricular seus filhos em pré-escolas desde já, enquanto que Estados e municípios só sejam obrigados a oferecer cobertura universal da rede em 2016.

O educador apoia a pré-escola, mas segundo ele, esse processo deveria ser realizado a longo prazo. "É preciso ter muita calma nessa área. A pré-escola ainda está muito concentrada em grandes zonas urbanas e deficitária nas áreas rurais".

Alterações. O texto publicado também divide a educação básica obrigatória em pré-escola, ensino fundamental e ensino médio. Ele garante, ainda, atendimento aos jovens, em todas essas etapas, "por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde". Antes, só o ensino fundamental era obrigatório no Brasil. 

Na pré-escola, os jovens deverão ser avaliados mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento, mas sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental. Os demais itens da Lei 12.796, publicada ontem, vão prevê que a educação infantil terá carga horária mínima anual de 800 horas e controle de frequência nas pré-escolas com frequência mínima de 60% do total de horas.

A nova lei incorpora, ainda, a orientação para que o ensino seja ministrado levando em consideração a diversidade étnico-racial e atendimento educacional especializado gratuito aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA: O TEMPO