segunda-feira, 3 de junho de 2013

El Sistema Educativo Finlandés - Subtitulado

Acaba de sair um levantamento sobre educação no mundo feito pela editora britânica que publica a revista Economist, a Pearson.
É um comparativo no qual foram incluídos países com dados confiáveis suficientes para que se pudesse fazer o estudo.
Você pode adivinhar em que lugar o Brasil ficou. Seria rebaixado, caso fosse um campeonato de futebol. Disputou a última colocação com o México e a Indonésia.
Surpresa? Dificilmente.
Assim como não existe surpresa no vencedor. De onde vem? Da Escandinávia, naturalmente – uma região quase utópica que vai se tornando um modelo para o mundo moderno.
Foi a Finlândia a vencedora. A Finlândia costuma ficar em primeiro ou segundo lugar nas competições internacionais de estudantes, nas quais as disciplinas testadas são compreensão e redação, matemática e ciências.                          

A MELHOR EDUCAÇÃO DO MUNDO

Postado em: 5 abr 2013 às 0:55

O documentário abaixo deveria ser assistido e discutido por todos os educadores, todas as escolas, todas as pessoas interessadas na educação no Brasil


A Finlândia tem a melhor educação do mundo. Lá todas as crianças tem direito ao mesmo ensino, seja o filho do empresário ou o filho do garçom. Todas as escolas são públicas-estatais, eficientes, profissionalizadas. Todos os professores são servidores públicos, ganham bem e são estimulados e reconhecidos. Nas escolas há serviços de saúde e alimentação, tudo gratuito.
Na Finlândia a internet é um direito de todos.
A Finlândia se destaca em tecnologia mais do que os Estados Unidos da América.
Sim, na Finlândia se paga bastante impostos: 50% do PIB.
O país dá um banho nos Estados Unidos da América em matéria de educação e de não corrupção.
Na Finlândia se incentiva a colaboração, e não a competição.
Mas os neoliberais-gerenciais, privatistas, continuam a citar os EUA como modelo.
Difícil o Brasil chegar perto do modelo finlandês? Quase impossível. Mas qual modelo devemos perseguir? Com certeza não pode ser o da privatização.
Veja o seguinte documentário, imperdível, elaborado por estadunidenses. Em inglês, com legendas em espanhol emhttp://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/04/melhor-educacao-do-mundo-finlandia.html:


sábado, 1 de junho de 2013

claudiomilitante: Vida Maria

claudiomilitante: Vida Maria: Vídeo que resalta o ciclo familair do analfabetismo que queremos combater. O projeto Arca das Letras, que estamos trazendo para Mutum-MG, te...

terça-feira, 28 de maio de 2013

CONSCIENCIA NEGRA: NÃO DEIXE EM BRANCO

EDUCAR PELA IGUALDADE RACIAL.

Esse post tem por objeto lembrar às escolas que não podemos deixar passar em "branco" o dia da Consciência Negra. Talvez um movimento em Mutum-MG a partir desse trocadilho NÃO DEIXE EM BRANCO, O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA. 

Em consonância com nosso vereador Carlão, de Campinas.EDUCAR PELA IGUALDADE RACIAL.
Proposta de Carlão do PT, que pretende instituir “Semana Educar Pela Igualdade Racial”,    CARLÃO PT


claudiomilitante: EDUCAR PELA IGUALDADE RACIAL.:

ENEM 2013

Somente para registrar sobre o ENEM de 2013.
As provas serão aplicadas nos dias 26 e 27 de outubro, a partir das 13h. Os portões, porém, serão abertos às 12h. O resultado no exame permite ao candidato a participação no Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que oferece vagas em instituições públicas de educação superior.

ENEM 2013 01

segunda-feira, 20 de maio de 2013

TDAH NAS CRIANÇAS FRANCESAS

Os psiquiatras infantis franceses, por outro lado, vêem o TDAH como uma condição médica que tem causas psico-sociais e situacionais. Em vez de tratar os problemas de concentração e de comportamento com drogas, os médicos franceses preferem avaliar o problema subjacente que está causando o sofrimento da criança; não o cérebro da criança, mas o contexto social da criança. Eles, então, optam por tratar o problema do contexto social subjacente com psicoterapia ou aconselhamento familiar. Esta é uma maneira muito diferente de ver as coisas, comparada à tendência americana de atribuir todos os sintomas de uma disfunção biológica a um desequilíbrio químico no cérebro da criança.
LEIA O TEXTO COMPLETO EM:http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/05/deficit-de-atencao-nas-criancas-francesas.html

domingo, 19 de maio de 2013

BOATE KISS E O CRUZ CREDO DA EDUCAÇÃO

Boate Kiss e o quiz da educação brasileira, uma analogia que somente um político como Cristovan Buarque poderia comparar. Leia:

Cristovam Buarque
Kiss: beijo de desprezo pela vida e pelo futuro
PUBLICADO EM 15/02/13 - 0h0

Não é difícil perceber como as manchetes das revistas das últimas semanas se referem à tragédia humana da boate Kiss, de Santa Maria: "Quando o Brasil vai aprender?", "A asfixia não acabou", "Tão jovens, tão rápido e tão absurdo" e "Futuro roubado". É também uma tragédia que pode ser associada às escolas de todo o Brasil. É como se a boate de Santa Maria fosse uma metáfora da escola brasileira.

Na primeira delas, os jovens perderam a vida por inalarem um gás venenoso; na outra, as crianças perdem o futuro por não inalarem o oxigênio do conhecimento. A imprevidência de proprietários, músicos e fiscais levou à morte por falta de ar; a de políticos, pais e eleitores leva a uma vida incompleta por falta de educação. A tragédia despertou para os riscos que correm nossos jovens em seus fins de semana em boates, mas ainda não despertou para o que perdem nossas crianças e jovens no dia a dia de suas escolas.

Estamos fechando boates sem sistemas de segurança, mas ainda deixamos abertas escolas sem qualidade. Os pais começaram a não deixar seus filhos irem a boates inseguras, mas levam confiantemente suas crianças a escolas que não asseguram o futuro delas. Exigimos que as boates tenham portas de emergência, mas não exigimos que as escolas sejam a porta para o futuro das crianças.

A tragédia de Santa Maria provoca a percepção imediata da fragilidade vergonhosa na segurança de boates, mas a tragédia de nossa educação, apesar de suas vítimas, não é percebida. Isso porque ela é uma tragédia à qual nos acostumamos e que nos embrutece, ou porque são crianças invisíveis pela pobreza, ou ainda porque somos um povo sem gosto pela antecipação, só ouvimos o grito de fogo e vemos a fumaça depois que eles matam. Por isso fechamos os olhos à tragédia da educação que hoje devasta a economia, a política e o tecido social do Brasil.

O abandono de nossas escolas não mata diretamente, mas dificulta o futuro de cada criança que não estuda. Se as escolas fossem de qualidade para todos, teríamos menos violência urbana, maior produtividade, mais avanços no mundo das invenções de novas tecnologias e um país melhor.

Por isso, ao mesmo tempo em que choramos as trágicas mortes dos jovens de Santa Maria, choremos também pelo futuro das crianças que não vão receber a educação necessária para enfrentar o mundo.

Choremos pelos que perderam a vida na boate ao respirar o ar venenoso e pelos que não vão receber nas escolas o ar puro do conhecimento.

Não vamos recuperar as vidas eliminadas na boate Kiss, podemos apenas chorar e nos envergonharmos. Mas podemos evitar o desperdício das vidas que estão hoje nas "escolas Kiss": metáfora que une boate e escola, sobretudo quando nos lembramos de que a boate se chamava Kiss, nome que deveríamos dar também às nossas escolas de hoje: beijo do desprezo. Desprezo pelas vidas de jovens ou pelo futuro de nossas crianças.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

GAROTO QUE ESTUDA, DE POCRANE-MG PARA LION-FRA.


Aluno da Unicamp nascido na zona rural de MG vai estudar na França
André Moura, de 21 anos, fará intercâmbio na École Centrale de Lyon. 
'Se não fosse a educação, seria um trabalhador rural', diz jovem.
 
Vanessa FajardoDo G1, em São Paulo
Quando vivia em Pocrane, cidade de 9.000 habitantes na zona rural de Minas Gerais, André Luiz de Moura Marques, hoje com 21 anos, queria se livrar do trabalho na roça. Tinha pavor de ter de ajudar a família no cultivo das plantações de milho, feijão e arroz como faziam os jovens de sua idade, e ia estudar, ler e sonhar com novas oportunidades. Não sabia ao certo onde queria chegar, mas conhecia o caminho: a educação. Pocrane ficou para trás, André se tornou aluno de engenharia química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e agora está prestes a mudar de casa novamente. O destino é Lyon, que abriga a École Centrale de Lyon, uma das mais respeitadas instituições de ensino superior de engenharia do mundo.

Casa de André no município de Pocrane
O jovem vai participar de um intercâmbio de dois anos que será possível graças a um programa de duplo diploma da Unicamp destinado aos estudantes de engenharia. Os candidatos são selecionados por meio de análise de currículo, histórico escolar, entrevista e prova. André embarca no próximo dia 21 de agosto. Vai aprender o idioma, fazer as disciplinas do curso de engenharia química em Lyon, mas conclui a graduação na Unicamp.
Não é a primeira vez que André sairá do país. Em julho, em sua primeira viagem de avião, ficou três semanas na China por um programa de intercâmbio do Santander para participar de uma série de discussões sobre meio ambiente e sustentabilidade. “Foi bom conhecer outro país, outra cultura, outra moeda. É bom ver tudo isso para depois emitir suas próprias opiniões”, diz.
saiba mais
Para chegar até a École Centrale de Lyon, a trajetória do jovem foi longa. Durante o ensino fundamental estudava em um povoado distante uma hora de sua casa em Pocrane, ia a pé, sob sol quente. Foi incentivado por uma diretora a tentar uma vaga no Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (UFV) quando concluísse o ensino fundamental. E ao contrário do desejo mãe, que tinha medo de não conseguir ajudá-lo nas despesas se saísse de casa, prestou vestibulinho para tentar uma vaga no Colégio de Aplicação. Falhou na primeira tentativa, mas conseguiu no ano seguinte.
“Fiz a prova, fui aprovado mas não tinha como me manter lá [em Viçosa]. Tinha 16 anos, e na minha família nunca ninguém tinha saído de casa para estudar. Minha mãe não tinha como me bancar, e meus professores me ajudavam, me davam dinheiro para me manter, até os que não me conheciam, mas sabiam da minha história”, afirma André. Nessa época, a mãe do garoto, Ruth Moura, de 39 anos, trabalhava como empregada doméstica, hoje ela é auxiliar de serviços gerais em uma escola de Pocrane. O pai de André morreu por conta de um acidente de trabalho em uma mineração quando ele tinha dois anos.
“Quero me engajar para mudar algumas coisas no meu país. Não me considero mais inteligente do que ninguém, só tive oportunidade e quero promover isso para quem tem grande potencial, mas é sufocado pelo meio."
André Luiz de Moura Marques, de 21 anos
Trezentos quilômetros longe de casa, em Viçosa, André demorou um pouco para se acostumar. “Morava na roça e foi um choque cultural, no primeiro ano sofri um pouco”, diz. André só voltava para Pocrane nas férias, trabalhava como professor particular de matemática e física, e a mãe, aos poucos, se acostumou com a ideia de tê-lo longe. “No começo foi difícil porque fui o primeiro a fazer isso. Mas ela se convenceu de que era a oportunidade que tinha e sabia da minha vontade de sair de lá.”
Ao término do terceiro ano do ensino médio, em 2009, André prestou vestibular e garantiu vaga na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Unicamp, Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) e UFV, onde passou em primeiro lugar entre todos os candidatos. Optou pela Unicamp pela reputação e qualidade da instituição, mas também pela política de auxílio e moradia estudantis.
“Muita gente de Pocrane não sabe o que é uma universidade pública, mas é normal. Eu mesmo não tinha noção, mas abri minha cabeça, nunca pensaria em mudar para São Paulo, mas pude sonhar mais alto”, diz.
O espírito de querer o evoluir, o fez ser escolhido como um dos bolsistas da Fundação Estudar, que apoia jovens talentos brasileiros com auxílio financeiro e de orientação para carreira. Da seleção deste ano saíram 29 estudantes entre quase 6.000 inscritos.
A beira do rio Manhuaçu
)
‘Oportunidade para quem tem potencial’
Lyon é uma das maiores cidades francesas. Lá, André vai estudar, estagiar e morar no campus da universidade. Volta para o Brasil dois anos depois para concluir a graduação na Unicamp, trabalhar e investir em projetos de educação. “Quero me engajar para mudar algumas coisas no meu país. Não me considero mais inteligente do que ninguém, só tive oportunidade e quero promover isso para quem tem grande potencial, mas é sufocado pelo meio. A educação é o que muda nossa vida. É o que mudou a minha. Se não fosse por ela, seria um trabalhador rural”, afirma.

O mineiro pensa em trabalhar como engenheiro com projetos de construções, mas atuar em projetos de educação de forma paralela, criando colégios ou fundações que apoiem estudantes. “A educação faz você se uma pessoa melhor, um cidadão mais consciente, e vai mudar o Brasil. É o mínimo que posso fazer por tudo
André na China
que tive. Professores apostaram em mim e tenho de retribuir”, diz.
Do Brasil, nos próximos dois anos, André diz que vai sentir falta da família, da língua e da sensação de estar em casa. Mas a distância será importante para viver outras realidades e experiências que poderão se copiadas. “A gente tem muita coisa para ser melhorada e não quero me acomodar. Nosso país é desenvolvido de forma assimétrica, e temos o papel, como cidadãos, de mudar isso. Eu não tinha acesso a uma boa educação, a expectativa era de que virasse um trabalhador rural. Mas minha história foi diferente, e a ideia é que eu não seja um caso a parte. A educação no Brasil é muito restrita, e me faz refletir sempre.”

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSISTE NO ERRO

POSTO ESSE ARTIGO POR CONCORDAR COM ELE.



MEC insiste em errar ou pedido de bom senso ao Mozart

Não basta a imposição de currículos via avaliações sistêmicas externas (ENEM, ENADE e IDEB). Não basta as premiações por melhoria do IDEB, como se este desempenho escolar tivesse na aula dada seu principal fator de promoção. O MEC continua ladeira abaixo no retrocesso pedagógico.
Agora, para responder ao déficit de professores da área de exatas e biologia, ofertará pós-graduação em universidades a professores que lecionam estas disciplinas,desde que seja comprovada a melhoria do desempenho dos seus alunos nestas matérias.
Uma profunda bobagem que desconhece todos dados disponíveis a respeito das condições de trabalho (independente da titulação do professor), assim como desconhece que o principal fator de desempenho do aluno é a escolaridade da mãe. Obviamente que quem está à frente deste "programa" é o mesmo pessoal que sugere as premiações por desempenho do aluno. Erram sem dó e não aprendem com o erro, o que é, aliás, medida para medir inteligência, segundo um adágio popular.
Vou reproduzir, mais uma vez, a carta da professora Áurea Regina Damasceno, que publiquei na Folha de S.Paulo, enviada à Secretária de Educação de Belo Horizonte, para justificar seu pedido de exoneração. Áurea tinha 30 anos de experiência na rede municipal de ensino e tinha acabado de concluir seu doutorado.
Caro Mozart Neves (que coordenará este famigerado programa): mergulhe na realidade da educação básica. Pelo bem da educação.


Reproduzo algumas passagens desta carta:

“Hoje, dia 19 de março de 2009, vou mais um dia para a escola, desanimada e certa de que as aulas que preparei para os alunos do 3º ciclo, 1º turno, não serão dadas. Mas busco entusiasmo não sei onde, entro para a sala de aula (sala 10, 6ª série) e inicio repetindo o que tenho falado com os alunos desde o primeiro dia de aula: coloquem o caderno, a agenda, o lápis, caneta, borracha, régua, tesoura sobre a mesa e guardem a mochila debaixo da carteira ou dependurada no encosto da cadeira (muitos se deitam, durante a aula, na mochila para dormir ou se escondem atrás dela para dar gritos ensurdecedores sem motivo algum ou para atirar bolinhas de papel enfiadas no
corpo das canetas esferográficas).”

“Essa atividade demanda mais ou menos uns 20 min, pois metade da sala não ouve, ou finge que não ouve, continua a correr pela sala, está virada para trás conversando, está subindo nas bancadas sobre as janelas e de lá pulando de cadeira em cadeira e outros tantos estão a olhar no vazio, sem nada fazer.”

“Pergunto por que estão sem a agenda e sem as folhas, várias respostas: esqueci, meu irmão rasgou, fiz bolinha de papel, fulano (referindo-se a um colega de sala, ou mesmo de outras salas que durante os intervalos invadem como loucos as salas vizinhas, batem, jogam mochilas pelas janelas, rasgam material, andam sobre as carteiras) pegou rasgou ou fez bolinha de papel, rasguei porque achei que não iria precisar. (ah, seria tão fácil se você os colocasse então em duplas para fazerem a atividade, penso eu). Ah! sim, seria e a responsabilidade e o compromisso ficariam para ser construídos não se sabe quando. “

“Agora aula na sala 09, também 6ª série. Quando chego à porta da sala tenho vontade de sumir, há pelo menos uns dez alunos de pé sobre a bancada debaixo da janela. (...) A garota - infelizmente ainda não sei todos os nomes - que se assenta na última carteira da 2ª fila, perto da janela, pula da bancada para o tampo de uma carteira e depois para o tampo da sua, desce para a cadeira, pula no chão e corre, gritando pela sala atrás de um garoto. Passam na minha frente como se lá eu não estivesse e voltam. Paro na frente de todos e fico olhando, tenho a impressão de que estou numa rebelião. Penso: o que fazer?”

“Volto, não chego a parar um minuto na frente da sala e caio. Caio sem saber como nem porque. Ouço apenas um silêncio e: - a professora caiu!!!! Levanto-me de um só pulo, com algumas dores. Continuo o sermão dizendo que caí certamente porque perdi o equilíbrio em função do comportamento deles."

“Logo que iniciei as aulas perguntei à coordenadora qual era o diagnóstico desses alunos, ela me disse que não sabia e que iria procurar saber. Já são alunos da escola, pelo menos desde o ano passado, e estão na 8ª série. Sempre que lhes peço algo, a turma responde: “ô professora eles num faz nada não, tem poblema de cabeça”.”

segunda-feira, 29 de abril de 2013

A BASE EM OUTROS PAÍSES


Posto essa reportagem que encontrei no grupo do facebook EDUCADORES como reflexão.
Terça, 19 de dezembro de 2006, 11h31  Atualizada às 15h12
Veja como é o ensino básico em outros países

Moreno Cruz Osório

Com as mudanças no currículo e a inclusão de mais um ano no Ensino Fundamental, o Brasil começa a se equiparar a alguns países desenvolvidos em relação à estrutura escolar básica. Nesses lugares, em média, o ensino obrigatório nos colégios tem uma média de 12 anos de duração.

As exceções são Itália e Argentina. Os italianos e os argentinos ficam, respectivamente, 13 e 9 anos na escola. No entanto, os nossos vizinhos ainda podem cursar um nível extra não obrigatório pela lei, mas essencial para entrar nas universidades.

Em relação ao currículo, nota-se que o modelo brasileiro é extenso, com etapas mais longas que os demais países. Na média, os estudantes de outras nacionalidades cursam ciclos com menos anos de duração e mais fechados dentro de uma proposta pedagógica. Confira abaixo o panorama da educação obrigatória em alguns países:

Argentina
Na Argentina, a educação obrigatória, a chamada Educación General Básica (EGB), é dividida em três ciclos de três anos cada. O primário é compreendido pelos dois primeiros ciclos da EGB, mas, às vezes, pode ter mais um ou dois anos. Finalizando os três ciclos, o estudante pode optar por Polimodal, uma etapa em que são oferecidas diferentes orientações. Apesar de não ser obrigatório, o Polimodal é requerido para entrar nas universidades do País.

Austrália
Na Austrália, a estrutura escolar depende muito de cada Estado ou região. Há lugares do país em que a pré-escola faz parte do primário, mas esta não é a regra. O normal é que as crianças, um ano antes da 1ª série, cursem o "pré-primário", onde é feita uma ambientação à rotina escolar. Aos 12 anos, elas entram no secundário, que também é chamado de High School, onde permanecem por seis anos.

Estados Unidos
Com um sistema parecido com o francês, os americanos dividem o sistema escolar em duas fases, primário e secundário, sendo que este último também tem duas etapas. Aos seis anos, os alunos entram no Ensino Fundamental, a Elementary School. Esta fase, em que há apenas um professor (às vezes dois) por turma, se estende por cinco anos. Aos 11, começa a Middle School, quando começa a divisão clara de disciplinas. Por fim, dos 14 aos 18, os estudantes cursam o High School, onde há aulas eletivas preparatórias para determinados campos de atuação profissional.

França
Na França, o processo de alfabetização é iniciado antes do ensino primário. No último ano do jardim de infância, chamado de maternelle, as crianças já são introduzidas à leitura. Quando entram no Enseignement Primaire, equivalente ao Ensino Fundamental brasileiro, aos 6 anos, elas aprendem a escrever e aperfeiçoar a leitura durante o cours préparatoire. Aos 15, iniciam o secundário, que é divido em collège, com duração de quatro anos, e o lycée, que tem três anos. E já no final do lycée, os franceses começam a se preparar para uma profissão, no chamado Baccalauréat.

Itália
Na Itália, o ensino básico é dividido em duas etapas: Scuola elementare e Scuole Medie. A primeira fase é equivalente ao nosso Ensino Fundamental, mas tem uma duração menor, cinco anos. Ao final, o estudante inicia na Scuole Medie, que também é dividida em duas etapas, Medie Inferiori e Medie Superiori. Elas têm duração de três e cinco anos, respectivamente. Ao final de cada um dos Medie, o aluno faz uma avaliação. Diferentemente da maioria dos demais países, o italiano tem, normalmente, 13 anos de escolaridade. Hoje, o Brasil tem 11. Com a inclusão de mais um ano no Ensino Fundamental, passará a ter 12.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

O EMPOBRECIMENTO DE UMA CATEGORIA

SEXTA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2013, 15:35 HS

Desisti de ser professor do Estado

Hoje tive o dia mais triste como professor. Não estou me referindo a nenhuma indisciplina ou necessariamente a baixo rendimento escolar de meus alunos. SOLICITEI A MINHA DISPENSA NA REDE PÚBLICA ESTADUAL DE MINAS GERAIS e fui surpreendido pelos meus alunos.

Como sou muito exigente, muitas vezes coloco fardos pesados sobre meus alunos. Acreditava que a minha saída na transição dos bimestres seria encarada apenas como mais uma das tantas mudanças corriqueiras que ocorrem na Escola.
Estava enganado. Fui surpreendido pelo choro mais desolador que já vi em toda a minha vida. Minha maior tristeza foi pensar que eu poderia ser responsável por esse choro. Jamais pensei que meus ALUNOS DA REDE PÚBLICA ESTADUAL DE MINAS GERAIS fossem chorar por minha saída.
Preocupado com o que eu diria para eles como motivo, preferi a verdade. ESTOU SAINDO PORQUE NÃO CONSIGO ME SUSTENTAR NA REDE PÚBLICA ESTADUAL DE MINAS GERAIS. Como são crianças, muitas não entenderam o que eu queria dizer e me responderam novamente com o choro mais desolador que já vi ou causei em toda a minha vida. “PROFESSOR NÃO NOS ABANDONE”!
A criança não entende a opção que nós professores fazemos quando abandonamos a sala de aula. Uma de minhas alunas gritou: “Vou me mudar para a escola onde o senhor vai continuar como professor”.
Nessa hora engasguei o choro e me perguntei como poderia ser isso? Se a maioria de nós no Brasil e na REDE PÚBLICA ESTADUAL DE MINAS GERAIS não dispomos de recursos para bancar o ensino privado. Algumas crianças se puseram na porta e tentavam impedir minha saída, sem palavras e assustado com o choro e o pedido de que não as “abandonasse”, restou-me recolher na solidão de meu objetivo racional e deixar a sala com crianças chorosas como nunca vi a se despedirem com o olhar que jamais esquecerei, do professor que NÃO CONSEGUIU SE SUSTENTAR NA REDE PÚBLICA ESTADUAL DE MINAS GERAIS.
Eu poderia recolher-me na vaidade, em pensar que sou um bom professor e que vou conseguir o melhor para mim. Entretanto, sei que hoje a exemplo do que ocorreu comigo, DEZENAS DE OUTROS PROFESSORES DEIXARAM A REDE PÚBLICA ESTADUAL DE MINAS GERAIS POR NÃO CONSEGUIREM SE SUSTENTAR, ASSIM COMO TAMBÉM DEZENAS DE CRIANÇAS CHORARAM AO SE DESPEDIREM DE SEUS PROFESSORES.
Resta-me na revolta implorar a todos os mineiros e brasileiros que lerem essa carta. PELO AMOR DE DEUS! NÃO ACREDITEM NA EDUCAÇÃO FAZ DE CONTA DO GOVERNO DE MINAS GERAIS. O ESTADO FAZ DE CONTA QUE REMUNERA SEUS PROFESSORES, PROFESSORES INFELIZMENTE FAZEM DE CONTA QUE ENSINAM, ALUNOS FAZEM DE CONTA QUE APRENDEM E ATORES GLOBAIS FAZEM DE CONTA QUE FALAM DA MELHOR EDUCAÇÃO DO PAÍS. O episódio dessa carta ocorreu NO DIA 18 DE ABRIL DE 2013 NA ESCOLA ESTADUAL BARÃO DO RIO BRANCO EM BELO HORIZONTE. Infelizmente ocorreu também em dezenas de Escolas do Estado de Minas Gerais.
ENQUANTO O GOVERNO DE MINAS PAGA MILHARES DE REIAIS A ATORES GLOBAIS PARA MENTIREM SOBRE A EDUCAÇÃO NO HORÁRIO NOBRE, NOSSAS CRIANÇAS CHORAM OS SEUS PROFESSORES QUE ESTÃO SAINDO PORQUE NÃO CONSEGUEM MAIS SE SUSTENTAR NO ESTADO.
Prof. Juvenal Lima Gomes
EX-PROFESSOR DA REDE PÚBLICA ESTADUAL DE MINAS GERAIS

sábado, 6 de abril de 2013

A 9394/96 ESTÁ SUPERADA?

Parece que a União quer avançar para além da LDB. A ampliação do que se entende por educação básica nós leva a esse questionamento. veja a reportagem do jornal O TEMPO:
Brasília. O governo federal publicou, no "Diário Oficial da União" de ontem, uma nova lei que obriga pais ou responsáveis a matricular crianças de 4 anos na pré-escola. O texto altera a Lei de Diretrizes e Bases de 1996, que estabelecia a idade mínima obrigatória para o ingresso na escola como seis anos. 

Segundo o Ministério da Educação (MEC), a publicação adequa a lei a uma emenda constitucional de 2009, que já determinava "educação básica obrigatória e gratuita dos quatro aos 17 anos". A emenda também já dava às redes estaduais e municipais de educação um prazo até 2016 para se adequar e oferecer vagas para atender essa faixa etária.

Para o educador e presidente do Instituto Alfa e Beto, João Batista Araújo e Oliveira, não faz sentido que pais sejam obrigados a matricular seus filhos em pré-escolas desde já, enquanto que Estados e municípios só sejam obrigados a oferecer cobertura universal da rede em 2016.

O educador apoia a pré-escola, mas segundo ele, esse processo deveria ser realizado a longo prazo. "É preciso ter muita calma nessa área. A pré-escola ainda está muito concentrada em grandes zonas urbanas e deficitária nas áreas rurais".

Alterações. O texto publicado também divide a educação básica obrigatória em pré-escola, ensino fundamental e ensino médio. Ele garante, ainda, atendimento aos jovens, em todas essas etapas, "por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde". Antes, só o ensino fundamental era obrigatório no Brasil. 

Na pré-escola, os jovens deverão ser avaliados mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento, mas sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental. Os demais itens da Lei 12.796, publicada ontem, vão prevê que a educação infantil terá carga horária mínima anual de 800 horas e controle de frequência nas pré-escolas com frequência mínima de 60% do total de horas.

A nova lei incorpora, ainda, a orientação para que o ensino seja ministrado levando em consideração a diversidade étnico-racial e atendimento educacional especializado gratuito aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA: O TEMPO

terça-feira, 26 de março de 2013

DE PACTOS E IMPACTOS, PAGAMOS O PATO

Ao ler a notícia sobre o Pnaic, penso que mais um pacto pela educação que pode ou não causar impacto aqui no final da linha, que é a escola. A verdade é que estamos recebendo alunos no Ensino Médio que não estão alfabetizados. É triste constatar que pais e alunos somente querem passar. Parece que o bônus do governo é para isso. É o que chamamos de SUBORNO PEDAGÓGICO. Se recebemos bônus pelo tanto que aprovamos, o governo estão está nos subornando para atestamos algo que não é verdade.
O Pnaic é prova que algo está errado nos primeiros anos do Ensino Fundamental. Aqui não vai nenhuma crítica aos meus colegas de categoria, mas ao sistema maquiado, como tudo em Minas Gerais, que está obrigando a um tipo de aprovação automática, disfarçada. Prefiro que abram o jogo logo. Querem empurrar os alunos de qualquer jeito. Mas leia abaixo sobre o PNAIC.
O Plenário do Senado aprovou no início da noite desta terça-feira (26) a medida provisória que criou o Pnaic (Pacto Nacional para a Alfabetização na Idade Certa), que prevê uma série de ações envolvendo União, Estados e municípios para garantir a alfabetização dos alunos da rede pública de ensino até os 8 anos de idade até 2022. O texto segue agora para sanção da presidente Dilma Rousseff.  Leia mais em:
http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/03/26/senado-aprova-pacto-da-alfabetizacao-ate-os-8-anos-texto-vai-a-sancao-de-dilma.htm

terça-feira, 12 de março de 2013

FORMAÇÃO SUPERIOR


Professor da rede pública terá prazo para se formar, mas não será punido
Do UOL*, em São Paulo
12/03/201320h54 > Atualizada 12/03/201320h54

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (12) um projeto de lei que fixa prazo de seis anos para os professores da educação básica com formação em nível médio concluírem curso de licenciatura. O texto do PL 5395/09, enviado pelo governo, segue agora para sanção da presidente Dilma Rousseff.
A medida vale para docentes que que possuem apenas o ensino médio e atuam em creches, na pré-escola e nos anos iniciais do ensino fundamental. Apesar do estabelecimento do prazo, os deputados derrubaram a penalidade para o professor que não cumprir a determinação. O texto previa que o professor que não se formasse perderia o direito de lecionar
Segundo a relatora do projeto na Comissão de Educação e Cultura da Câmara, deputada Fátima Bezerra (PT-RN), não é possível inabilitar professores aprovados em concurso e trabalhando em etapa adequada para sua formação. Para a deputada, a punição afetaria "direitos adquiridos". "O professor não pode ser punido se não tiver concluído sua formação por algum motivo". A deputada argumentou que há dificuldades de acesso ao ensino superior em diversos locais do país.
Educação infantil e especializada
Uma emenda inserida no texto pelo Senado define uma carga horária mínima anual de 800 horas para a educação infantil. A jornada deverá ser distribuída em um mínimo de 200 dias de trabalho; atendimento à criança dentro de um mínimo de quatro horas para o turno parcial e sete horas para o integral; controle de frequência na pré-escola (60% de comparecimento); e expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança.
O projeto aprovado também amplia o conceito de alunos especiais. Além daqueles com deficiência, já contemplados, são incluídos aqueles com transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Eles deverão contar com atendimento educacional especializado em todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino.
O texto aprovado também prevê a realização de recenseamento anual de crianças e adolescentes em idade escolar, assim como de jovens e adultos que não concluíram a educação básica. A pesquisa prevista na lei era restrita ao ensino fundamental.
LDB
O texto aprovado altera a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), cuja redação será adequada à Lei do Fundeb (11.494/07), que estende a educação obrigatória e gratuita dos 5 aos 15 anos para 4 a 17 anos.
Para outros trabalhadores em educação, com curso técnico ou superior em área pedagógica ou afim, o texto aprovado prevê formação que inclua habilitações tecnológicas. Essa formação continuada poderá ocorrer no local de trabalho ou em instituições de educação básica e superior.

*Com informações da Agência Câmara

sábado, 2 de março de 2013

Marcos Pontes no Espaço - Sbt Repórter (1)



Vídeo relacionado com o conteúdo do sexto ano.

O FUNDEB E O FUNDO DO POÇO

O FUNDEB que seria uma evolução do FUNDEF, pelo menos foi isso que tentei transmitir aos meus alunos, na verdade alunas, do Curso Normal do Ensino Médio na Escola Estadual Dionysio Costa, a três anos atrás, parece não surtir tanto efeito assim na educação. 

Na esfera estadual, aqui em Minas Gerais, não há rateio, não há prestação de contas e a educação somente vai bem por causa dos trabalhadores que faz "da tripa coração" para dar conta e depois vê uma propaganda enganosa na TV.

Na esfera municipal, aqui em Mutum, se fez na administração passada uma verdadeira politicagem na educação. A secretaria pagou o rateio quem ela quis e quando quis. Deixando pessoas "non grata" sem receber e pagando indevidamente outras.

Essa introdução é para reproduzir a matéria abaixo e dizer que precisamos de legisladores que entendam de educação e sobretudo de educação pública.



Em 2012, investimentos ficaram abaixo do previsto devido à queda na arrecadação; previsão para 2013 é ainda maior

Camila Ploennes
   
Em 2013, o valor mínimo a ser investido em cada estudante da escola pública pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) está estimado em R$ 2.243,71. A quantia é 7,1% (R$ 147) superior à primeira estimativa do valor aluno-ano de 2012 (R$ 2.096) - investimento este que, no entanto, não se concretizou. Na prática, a quantia para cada estudante foi de ­­­R$­­­ 1.867,15 no ano passado, segundo a Portaria Interministerial nº 1.495, de 28 de dezembro, que redefiniu e divulgou os parâmetros praticados pelo Fundeb no exercício de 2012.

O motivo da queda foi a diferença entre a previsão de arrecadação de recursos do Fundeb calculada meses antes (R$ 114.333.417,60) e a real arrecadação do Fundo (R$ 102.602.115,10). Essa diferença entre a estimativa e a receita efetiva é de mais de R$ 11,7 milhões (10,26% menor do que o previsto), o que também influencia o pagamento do piso nacional do magistério. A receita do Fundeb provém das contribuições dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, somadas às complementações proporcionais da União - mínimo de 10% do valor depositado por estados e municípios.

E 2012 não foi o primeiro ano em que os números não se materializaram devido ao comportamento da arrecadação no período, ditado pelo ritmo da economia e por cortes de impostos. Em 2009, quando o total da receita estimada, em março, era de R$ 81.941.775,70, o valor acabou revisado para R$ 72.700.083,20 no segundo semestre - uma diferença de R$ 9.241.692,50 (11,27%). O valor mínimo aluno-ano no exercício de 2009 ficou em R$ 1.221,34 e não em R$ 1.350,09, como o previsto.

A queda também ocorreu em 2010, quando a receita efetiva foi de R$ 73.957.958.271,95, ou seja, R$ 9.137.709.346,53 (10,9%) menor do que a previsão, que era de R$ 83.095.667.618,48. O valor mínimo aluno-ano praticado, no entanto, foi apenas R$ 1,12 menor, ficando em R$ 1.414,85.

As portarias interministeriais publicadas no site do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) mostram que a previsão pode se concretizar, como aconteceu em 2011. Para o período, o Fundeb previa, em portaria do mês de abril, uma arrecadação total de R$ 95.982.984,60 e um valor mínimo aluno-ano de R$ 1.729,33. Em novembro daquele ano, a portaria que revisou os recursos mostrava a mesma receita e um valor aluno-ano apenas cinco centavos mais baixo (R$ 1.729,28).

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

PEDAGOGIA DO OPRIMIDO


Paulo Freire afirmava que educar é um ato político, jamais neutro. No livro "Pedagogia do Oprimido", o autor propõe a discussão da pedagogia na perspectiva do oprimido. Faça o download da obra neste link:http://bit.ly/YrNy9L

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

O QUE A CNI QUER ESTUDAR?


O QUE A CNI QUER ESTUDAR?
A pergunta que agora não quer calar em minha mente é: O que a Confederação Nacional da Indústria quer mostrar com esse estudo? por mais verdadeiro que ele seja, não deveriam estar falando e pressionando o governo por mais inverstimento no setor que eles representam?
Avanço na educação no Brasil é mais lento que aumento no investimento
Estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria questiona eficiência dos gastos da área no Brasil (14/02/2013)
Priscilla Borges - iG Brasília | 14
Os investimentos em educação feitos pelo Brasil nos últimos anos cresceram. Porém, ao contrário de outros países com o mesmo perfil de desenvolvimento, a qualidade de ensino não acompanhou o aumento desses gastos. A conclusão faz parte de um estudo feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) no final do ano passado.
A pesquisa “Competitividade Brasil: comparação com países selecionados” mostra que o aumento da competitividade é o maior desafio do País. Entre as 14 nações selecionadas na avaliação, o Brasil ocupa a 13ª posição nesse quesito. Para a indústria, melhorar a qualidade do ensino oferecido nas escolas brasileiras fará toda a diferença nesse cenário.
Foram analisados 14 países: África do Sul, Argentina, Austrália, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, Índia, México, Polônia e Rússia. Eles foram escolhidos por conta de suas características econômico-sociais e posicionamento no mercado internacional. As variáveis escolhidas foram custo da mão de obra e de capital, infraestrutura e logística, peso dos tributos, ambiente econômico, educação, tecnologia e inovação.
No que diz respeito à educação, três frentes foram avaliadas: a disseminação da educação entre a população brasileira, a qualidade de ensino e o volume de recursos investidos na área. O Brasil é o 6º país entre os 14 avaliados que mais investe em educação (o dado utilizado foi o percentual do PIB em 2010, 4,97%).
O índice é similar ao da Espanha (5%) e da Coréia do Sul (4,63%). No topo da lista, aparecem África do Sul (6,28%), Canadá (5,96%), Austrália (5,84%) e Polônia (5,42%). “A elevação do custo com educação é recente e sabemos que os resultados são lentos e geracionais, mas é importante perceber o que os outros países têm feito melhor”, avalia Rafael Lucchesi, diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
Os itens avaliados para mensurar a qualidade de ensino mostram que o Brasil está bem atrás dos outros. O País aparece em 9º, superando apenas a Colômbia e a Argentina, nos quesitos considerados importantes nesse sentido: o nível de conhecimento dos estudantes em matemática, ciências e a capacidade de leitura .
“É uma fotografia importante para a sociedade brasileira. Há avanços que estão sendo feitos para melhorar a qualidade e os indicadores tem demonstrado isso. Mas temos também um desafio de gestão desses recursos a enfrentar. Os países que têm tido boa performance nos rankings educacionais investiram na profissionalização dos dirigentes, da carreira dos docentes”, diz Lucchesi.
Fator determinante para desenvolvimento
Lucchesi lembra que essa é a segunda vez que a CNI faz estudos sobre competitividade. A educação foi listada entre os itens importantes a serem avaliados desde então. Segundo ele, a preocupação da entidade se dá por conta do papel “central” do ensino no desenvolvimento econômico do País.
“A qualidade educacional influencia diretamente a competitividade porque determina a qualificação para o trabalho. Há um ano e meio, a pesquisa da CNI detectou que a deficiência na educação básica interferia na produtividade das indústrias. Há indicadores que mostram a necessidade de atenção do País”, afirma.
A conclusão dos estudos pela população, por exemplo, chamou a atenção dos pesquisadores. No quesito disseminação da educação, que avaliou as matrículas de alunos e suas respectivas idades em 9 países (Coreia do Sul, Canadá, Rússia, Austrália, Espanha, Polônia, Chile e México), o Brasil fica em penúltimo.
Apesar de muitas matrículas no ensino médio, o País tem um elevado índice de abandono em relação aos outros já que apenas 52% da população de 25 a 34 anos concluiu a educação básica. Nos dados que mostram a quantidade de pessoas nessa faixa etária que concluiu o ensino superior, o índice é pior ainda (12%) e coloca o País em último lugar da lista.
 “Ainda temos poucos jovens no ensino superior e no ensino técnico, ao contrário dos outros países. No Brasil, apenas 6,6% dos jovens fazem educação profissional com ensino regular enquanto nos países desenvolvidos o percentual é de 42%”, comenta.

UMA CATEGORIA EMPOBRECIDA E ADOECIDA


Pesquisador afirma que estrutura das escolas adoece professores

Para historiador da USP, sociedade critica todos os aspectos do cotidiano escolar, mas se esforça para mantê-los da mesma forma. Ele propõe discutir o “rompimento” das estruturas

Priscilla Borges - iG Brasília 
“O ambiente escolar me dá fobia, taquicardia, ânsia de vômito. Até os enfeites das paredes me dão nervoso. E eu era a pessoa que mais gostava de enfeitar a escola. Cheguei a um ponto que não conseguia ajudar nem a minha filha ou ficar sozinha com ela. Eu não conseguia me sentir responsável por nenhuma criança. E eu sempre tive muita paciência, mas me esgotei.”
Alan Sampaio / iG Brasília
Estrutura escolar adoece professores e leva a abandono da profissão
O relato é da professora Luciana Damasceno Gonçalves, de 39 anos. Pedagoga, especialista em psicopedagogia há 15 anos, Luciana é um exemplo entre milhares de professores que, todos os dias e há anos, se afastam das salas de aula e desistem da profissão por terem adoecido em suas rotinas.
Para o pesquisador Danilo Ferreira de Camargo, o adoecimento desses profissionais mostra o quanto o cotidiano de professores e alunos nos colégios é “insuportável”. “Eles revelam, mesmo que de forma oblíqua e trágica, o contraste entre as abstrações de nossas utopias pedagógicas e a prática muitas vezes intolerável do cotidiano escolar”, afirma.